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ONCOLOGIA

Dia Mundial de Combate ao Câncer traz alerta para importância da prevenção 1f2y4v

OMS propõe mobilização global no dia 8 de abril para estímulo a hábitos saudáveis e busca por exames 2g2x4o

Por Ana Cristina Pereira

07/04/2025 - 7:00 h
Recursos a exemplo da cirurgia robótica trazem alento. Acima, equipamento sofisticado no hospital Mater Dei
Recursos a exemplo da cirurgia robótica trazem alento. Acima, equipamento sofisticado no hospital Mater Dei -

Ao longo do ano várias datas e campanhas são utilizadas para chamar atenção para a alta incidência de alguns tipos de câncer, formas de tratamento e importância da prevenção. A Organização Mundial de Saúde elegeu o 8 de abril como o Dia Mundial de Combate ao Câncer, ainda que no País a Sociedade Brasileira de Oncologia (SBO) dedique o 4 de fevereiro à mesma mobilização. O que só reforça a importância do tema, e o quanto ele impacta a saúde pública.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 704 mil novos casos devem ser registrados no Brasil este ano - 38,8 mil deles na Bahia. O grande número de casos também é acompanhado por muitos avanços tecnológicos na área. Ainda assim, os diferentes especialistas que atuam na oncologia reforçam que é preciso conscientizar a população sobre a importância da adoção de hábitos saudáveis, um grande desafio contemporâneo.

“A prevenção primária através do estilo de vida pode reduzir os fatores de risco responsáveis pelo surgimento da doença. Manter-se no peso adequado, ter uma alimentação equilibrada, não fumar e praticar atividade física regular são medidas que fazem a diferença na prevenção do câncer e de várias outras doenças,” enumera a oncologista Clarissa Mathias, reforçando que o tabagismo e a alimentação inadequada são as duas principais causas evitáveis do câncer.

Clarissa também defende um tratamento multidisciplinar e humanizado, que leve em conta o psicológico e sentimentos como medo, insegurança e até negação. “Confiança e resiliência ajudam a encarar o tratamento e a transformar e ressignificar esse momento da vida com novos hábitos”, afirma a médica, que é líder do Cancer Center Oncoclínicas - Hospital Santa Izabel, reforçando a importância de uma equipe multidisciplinar.

Investigação

Esse olhar humanizado fez toda diferença no diagnóstico e tratamento da advogada Iane Cardim, de 55 anos. Ela não tem receio em afirmar que só está viva porque cruzou com a doutora Clarissa, que é especialista em câncer de pulmão. Depois de uma grande peregrinação e muitos exames para identificar a causa de uma tosse que paralisou sua vida há dez anos, a médica decidiu interná-la para investigar a fundo o problema, que já tinha feito Iane perder 25 quilos e parar de trabalhar.

“Meu diagnóstico demorou muito, mais de seis meses, eu já nem andava mais sozinha. E olhe que avisava a todos os médicos que era fumante. Acredito que faltou um olhar de uma medicina mais globalizada”, afirma Iane, diagnosticada em 2015 com um tumor de grau 4, já em metástase e não operável. Ela iniciou o tratamento com quimioterapia e radioterapia, e já no ano seguinte ou para a imunoterapia, que acabava de ser liberada no Brasil. Iane conta que teve muitos efeitos colaterais com os tratamentos tradicionais e que a imunoterapia lhe devolveu a qualidade de vida. “No meu caso tenho apenas problemas de pele, que minimizo com um bom hidratante e com ingestão de mais água”, afirma Iane, que toma o medicamento a cada 28 dias.

Segundo a doutora Clarissa, a imunoterapia é o que há de mais novo no tratamento do câncer de pulmão, pois estimula o próprio sistema imunológico para combater o tumor, mas ela ainda não está ível para pacientes do SUS. No caso de Iane, o plano de saúde cobre os custos, entre R$ 4 e R$ 5 mil mensais. “Eu tomo o Opdivo, que é quase o vovô da imunoterapia do Brasil, mas como está funcionando bem não tenho porque mudar”, diz a paciente, acrescentando que o caminho da judicialização acaba sendo uma via para muitos que não podem pagar pelo medicamento e outros similares.

Evitando a palavra cura, ela diz que seu câncer está controlado e que se reinventou após a aposentadoria forçada pela doença. Hoje, integra um grupo de pesquisas na Uneb sobre alunos neuro divergentes e é voluntária da ONG Oncoguia, através da qual participa de várias atividades com pacientes e familiares. “A pessoa com câncer de pulmão sofre um estigma, como se ela tivesse ficado doente por sua própria culpa”, reflete.

Outras dois tipos de câncer com avanços importantes no tratamento é o de intestino e o de próstata, ambos com alta incidência no Brasil: o de intestino é o terceiro tipo mais comum na população em geral e segundo entre homens, só perdendo para o de próstata; entre mulheres também é o segundo, atrás apenas do câncer de mama. Em ambos os casos, o rastreamento feito através dos exames de colonoscopia e do PSA e toque retal é muito importante para o diagnóstico precoce.

No caso do câncer colorretal que inclui também o ânus e o reto, além do intestino - a coloproctologista Meyline Lima explica que a colonoscopia, indicada a partir dos 45 anos, é a melhor forma de identificar os pólipos que podem se tornar cancerígenos. "Quando identificamos a doença nos estágios iniciais, as chances de cura ultraam 90%", enfatiza a médica, membro do Núcleo de Proctologia do Instituto Brasileiro de Cirurgia Robótica (IBCR).

A cantora Preta Gil, detectada com um câncer de intestino avançado há dois anos, tem ajudado a chamar atenção para o problema. Perta já ou por duas cirurgias, fez tratamento com quimioterapia e radioterapia e agora segue para os Estados Unidos para participar de um estudo clínico experimental. Mesmo sem o aos detalhes do prontuário da artista, Meyline Lima explica que provavelmente ela irá usar drogas, que ainda estão em fase de estudo, e indicadas quando os diferentes tratamentos não respondem mais. Mas a médica reforça que no Brasil os pacientes têm à disposição todas as drogas já regulamentadas.

Segundo a médica, um dos principais avanços no tratamento foi a cirurgia robótica, que permite uma visualização em 3D da área afetada, com movimentos precisos e menos invasivos - fundamentais para a recuperação do paciente. Atualmente, este tipo de cirurgia é realizada em Salvador nos hospitais Santa Izabel, São Rafael e Aliança, para vários tipos de câncer, como próstata, intestino e pulmão. E custa de R$ 10 mil a R$ 20 mil, a depender do hospital e do tipo de cirurgia.

Maior precisão

No caso do diagnóstico do câncer de próstata, o radiologista Marco Freitas afirma que a grande mudança que aconteceu nos últimos anos vem da biópsia transperineal com fusão de imagens. Nesse caso, explica, uma combinação de ressonância e ultrassonografia em tempo real localiza o nódulo, que é ado através de um furo na pele, na região do períneo, próxima do ânus . “O exame tradicional, feito pelo reto, é mais doloroso, não enxerga o tumor e tem um risco maior de infecção”, detalha o médico, que atua na Clínica Matteoni.

Realizando biópsias prostáticas desde 2012, Marco Freitas ou a trabalhar com o novo método em 2018. Ele explica que na Bahia ainda há poucos aparelhos do tipo, mas acredita que a tendência seja a substituição dos aparelhos antigos, à medida que hospitais e clínicas renovem os equipamentos. E cita a experiência dos Estados Unidos, países da Europa e até São Paulo, em hospitais como o Albert Einstein, que só realiza biópsias pela nova técnica. “A precisão reduz o número de biópsias desnecessárias e aumenta a taxa de detecção de tumores relevantes, que poderiam ar despercebidos por outras técnicas”, reforça o radiologista.

Apesar da gravidade, o tabu e o medo ainda afastam muitos homens dos exames preventivos. “Quando o diagnóstico é precoce, as chances de cura são altas. Mas ainda há muito receio por parte da população masculina. Mostrar que os exames estão mais confortáveis e seguros é um o importante para mudar isso”, reforça Marco Freitas. O mesmo vale para outro tumor que preocupa muito os homens, o de pênis.

O presidente da Sociedade Brasileira de Urologia Seccional Bahia (SBU-BA), Dr. Humberto Ferraz, aponta que higiene, cirurgia de postectomia (fimose) e a vacinação contra o vírus HPV estão entre as principais medidas para combater esse tipo de tumor.

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